Perguntas Frenquentes


A Obesidade, um problema do nosso tempo

Por milhares de anos, os seres Humanos não se preocuparam com o excesso de gordura no corpo, já que a obesidade era uma forma de armazenar reservas de energia quando havia comida suficiente para sobreviver quando rareavam os alimentos.

Com o surgimento das civilizações, alguns grandes médicos gregos e árabes notaram que os pacientes com obesidade sofriam de muitas doenças e viviam menos, mas nunca foi prestada devida atenção ao excesso de gordura e seu dano à saúde.

Foi neste século, quando as companhias de seguro de vida notaram que os obesos morriam vários alguns anos antes que os magros e começaram a elevar as taxas de seguro para os indivíduos com excesso de peso, que tanto os médicos quanto os interessados começaram a preocupar-se com a obesidade.

Hoje sabe-se que a obesidade, que afeta a uma grande parte da população ( em alguns países, um a cada três indivíduos é gordo ), e que traz malefícios à saúde, afeta a vida pessoal, profissional, sexual, familiar e social e finalmente diminui a expectativa de vida. Não é um problema simples e devemos reconhecê-lo e diagnosticá-lo adequadamente.

É verdade que a obesidade é tão ruim?

Como ocorre com o tabagismo, que apesar de haver-se demonstrado seu efeito maléfico sobre a saúde e a vida dos seres humanos ainda tem defensores, há aqueles que pensam que a obesidade não é um problema e que os médicos e cirurgiões estão exagerando, que é somente um assunto da moda e nada mais.

Só para ter uma idéia dos problemas que a obesidade pode causar ou agravar, eis aqui uma lista:

Problemas médicos:

- diabetes ( açúcar elevado no sangue);
- hipertensão arterial sistêmica ( pressão arterial alta );
- lesões de ossos e articulações;
- artrite degenerativa;
- colelitíase ( pedras na vesícula );
- varizes e úlceras varicosas;
- doenças respiratórias (sonolência, apnéia do sono, ronco);
- doenças do coração, infarto;
- tumores malignos nos ovários, útero, seios, próstata e vesícula biliar;
- riscos de acidentes.

Problemas sociais:

-limitações às atividades pessoais diárias ( higiene );
-limitações às vestimentas;
-limitações ao acesso a assentos, catracas e outros;
-limitações a caminhar e a subir escadas;
-limitações na vida sexual.

Problemas no trabalho:

-dificuldades para conseguir trabalho;
-dificuldades para ascender no trabalho;
-dificuldades para obter um seguro para gastos médicos;
-excesso de gastos para tratamentos inúteis e doenças freqüentes.

Problemas psiquiátricos:

-depressão;
-isolamento social;
-neuroses;
-sentimento de culpa;
-suicídio.

É verdade que o problema não é tão simples como parece?

É verdade que se existe obesidade vale a pena analisá-la bem?

O importante é que se você realmente deseja solucionar o problema, há métodos adequados para fazê-lo, e esta página está escrita especialmente para você!

Claro, é preciso dizer que há "obesidades" e "obesidades", pois não é o mesmo ter um excesso de dois ou três quilos de peso nas coxas, culotes ou abdome, que sofrer de um excesso de trinta e cinco quilos que afeta o corpo todo. Vale a pena analisar isso com detalhes.

OBESIDADES, OBESIDADES, OBESIDADES

Há obesidades e obesidades, e cada uma tem seu diagnóstico e tratamento particular. Um indivíduo pode ter uma OBESIDADE SUBJETIVA, quer dizer,não há uma obesidade REAL, mas pode ser que o homem ou mulher se sinta mal com sua aparência.

Estes indivíduos podem ter acúmulos de gordura localizadas no abdome ou nos culotes, nas coxas, nos braços ou seios e, como sua imagem os desagrada, sentem-se "gordos", "horríveis", "deformados", etc.

Esta obesidade localizada em diversos locais pelo corpo, pode ser corrigida se o paciente procurar um bom cirurgião que faça lipoaspiração ou lipoescultura na área indesejada. Disso falaremos mais adiante.

Outros homens e mulheres podem ter um excesso de peso de alguns quilos acima do seu peso ideal, digamos 12 ou 15 quilos. Estes sofrem do que se chama de OBESIDADE MODERADA, que afeta sua vida pessoal e familiar, seu trabalho e sua auto-estima; podem não ter, todavia, as doenças causadas ou agravadas pelo excesso de peso, mas requerem, sem dúvida, um tratamento.

Esta obesidade moderada necessita a atenção de um médico que o ajude a controlar adequadamente o peso, a modificar os hábitos de alimentação e exercício para que o indivíduo viva melhor.

Finalmente há pessoas que sofrem de OBESIDADE SEVERA, e têm 30, 50 ou 80 quilos a mais. Estes pacientes são os que sofrem de uma ou mais doenças mencionadas acima e suas vidas estão em perigo.

O tratamento destes pacientes é cirúrgico, já que é provado em todo mundo que quem chega a ter esse tipo de obesidade, façam o que façam com regimes, dietas, hipnose,etc., não chegam a baixar o peso adequadamente, e se conseguem, mais cedo ou mais tarde voltam a recuperá-lo. Isso é conhecido como fenômeno Iô-Iô, em que se perde peso, ganha, perde, volta a ganhar, e cada vez mais quilos, cada vez com mais dificuldades, cada vez com mais doenças.

Felizmente há atualmente grandes avanços nas técnicas cirúrgicas e os resultados pós-operatórios são muito satisfatórios para o paciente, seus familiares e entes queridos.

Em qualquer de suas formas, os tratamentos médicos ou suas operações têm um só objetivo: propiciar ao indivíduo que se esqueça para sempre de suas dietas, que aprenda a viver plenamente, se alimente de forma adequada e desfrute de exercício físico, e que, com o corpo saudável, recupere totalmente sua auto-estima e possa gozar plenamente a vida. "mens sana in corpore sano"

Seja a obesidade subjetiva, moderada ou severa, existe hoje uma solução para cada caso.

TENHO UNS "PNEUZINHOS" HORRÍVEIS! QUE DEVO FAZER?

Você tem, como disse,uns "pneuzinhos horríveis",quer dizer, notou que em alguma parte do seu corpo a aparência não é harmônica: pode ser gordura no abdome que se depositou após uma gestação, pode ser acúmulo de gordura nos culotes ou coxas, que você notou parecerem com os que possuem sua mãe ou seu pai; podem ser simplesmente gordura acumulada porque você trabalha muito tempo sentado ou sentada e não faz exercício. Como qualquer que seja, a gordura subcutânea, que se chama assim pois se encontra abaixo da pele e acima dos músculos, pode ser eliminada pela técnica de lipoaspiração ou lipoescultura.

Que é isso?

É simplesmente a aspiração da gordura destas zonas por meio de tubos finos chamados cânulas, que criam túneis no meio do tecido adiposo, diminuindo muito o seu volume.A aspiração da gordura requer o conhecimento da anatomia para extraí-la sem danificar os demais tecidos do organismo e requer, como toda operação, um estudo pré operatório completo, com análises de laboratório e consulta com cardiologista, para que o procedimento possa ser levado ao fim sem contratempos.

É muito perigosa?

Não, definitivamente não. A lipoaspiração ou lipoescultura é uma técnica bem conhecida e reconhecida em todo mundo e se for feito com as normas de segurança cirúrgica, não se deve acarretar problemas.

Mas tenho medo da anestesia!

Todos nós, seres humanos, temos medo do desconhecido, e a anestesia não é uma exceção. Os enormes avanços da anestesia atualmente e os sistemas de vigilância e controle chamados monitores, permitem que durante a operação tudo seja vigiado e que não haja problemas anestésicos.

E por que lipoaspiração ou lipoescultura?

Lipoaspiração é a aspiração da gordura, lipoescultura é algo mais, é a modelagem do contorno corporal graças à retirada desta gordura indesejável. Quando só se deseja diminuir o volume de uma zona do corpo, a lipoaspiração é boa e, quando se deseja alterar a forma anatômica, a lipoescultura permite modelar o corpo.

É verdade que há muitos hematomas e dores?

Antes da cirurgia são feitos exames sangüíneos para saber se não há problemas com a coagulação - os indivíduos que têm má coagulação ou que fazem uso de anticoagulantes como aspirina não devem ser operados sem cuidados especiais. Se a coagulação é boa e a técnica cirúrgica adequada, pode haver hematomas por poucos dias, que desaparecem sem problemas. Contra o que se diz comumente, a dor depois da lipoaspiração ou lipoescultura não é extrema, e cede com analgésicos simples.

Em quanto tempo posso retomar minha vida normal?

Em 36 horas, não mais. Uma das vantagens da técnica atual é que a recuperação é imediata e você recomeça suas atividades habituais em algumas horas.

E o exercício físico?

A partir do dia seguinte à cirurgia, deve-se fazer um exercício moderado, como caminhar por 30 a 45 minutos e, depois de uma semana, pode fazer todo esporte ou exercício que quiser.

Posso tomar sol?

Sim, exceto se tiver hematomas. O sol pode fazer com que a pele fique manchada.

Quando verei os resultados?

Os resultados são observados imediatamente. O cirurgião sabe, ao terminar a operação, como ficou o contorno corporal. Como há certa inflamação e acúmulo de água nas horas seguintes, que desaparecem completamente em 4 a 6 semanas, o resultado final, que se comprova em fotografias, será obtido após este tempo.

MAS EU TENHO PELE FLÁCIDA!

Há um efeito em homens e mulheres que tiveram obesidade e que ganharam e perderam peso algumas vezes, que a pele perde sua elasticidade e fica flácida, e isso afeta profundamente sua aparência e auto confiança.

A cirurgia do contorno corporal está indicada e pode ser realizada quando houver requisitos adequados: estudo clínico completo, análise de laboratório e análise cuidadosa de cada caso.

Problemas no tronco

Há mulheres que têm seios flácidos ou muito volumosos, e para cada uma existe a cirurgia adequada. Se os seios são magros e flácidos, pode ser feita uma cirurgia que se chama mastopexia, na qual se retira a pele e se molda os seios no tamanho e forma adequados.
Se os seios são proeminentes, volumosos, pode-se realizar uma operação que se chama mastoplastia redutora, na qual se retira não somente pele, mas também a gordura em excesso e se reconstrói os seios de forma e tamanho adequados.
Nos casos em que os seios têm forma normal, mas são muito pequenos em relação ao restante do corpo, pode-se fazer uma cirurgia de prótese mamária, que seria colocada abaixo das glândulas mamárias e permite que a forma e o volume dos seios sejam normais e proporcionais.
Se o problema está no abdome, que está flácido pende até o púbis ou mais abaixo, a operação indicada é a abdominoplastia, que consiste na retirada de todo o tecido flácido, incluindo a pele e a gordura, a retenção dos músculos abdominais que muitas vezes estão também flácidos ou herniados e a reconstrução da parede do abdome, estirando a pele para que se tenha um aspecto jovem. Esta cirurgia com freqüência se associa a lipoaspiração da cintura ou culotes para que o resultado estético seja melhor.
Problemas nas extremidades
Os braços e as pernas podem ter também problemas de flacidez e acúmulo indesejável de gordura.
Nos braços, a lipoaspiração cuidadosa pode dar excelentes resultados. Nas coxas é conveniente eliminar a pele flácida na parte interior por meio de uma cirurgia que se faz pela virilha, sem deixar cicatriz visível.
Para estas operações, como dito acima, é preciso haver uma avaliação cuidadosa de cada caso, pesar as alternativas e oferecer a melhor a cada paciente, e realizar a cirurgia com todas as regras de segurança.
Se Você quer mudar sua aparência, procure um cirurgião qualificado, pergunte tudo o que quiser saber e, quando forem do seu agrado, decida sua operação, que seguramente lhe será benéfica!

DOUTOR, QUE FAÇO COM MEUS CEM QUILOS?

Quando a obesidade é importante, o que se chama obesidade severa, que em nosso país significa ter mais de 90 quilos para mulheres e mais de 100 quilos para homens, quando a obesidade está afetando sua vida pessoal, familiar, o trabalho, o descanso e até o sono; então é hora de pensar em cirurgia para obesidade severa.
Esta cirurgia não é nova, se realiza há mais de 45 anos no mundo e há mais de 25 anos em nosso país.
Esta cirurgia, como quase todas as cirurgias de vanguarda, tem se desenvolvido e progredindo constantemente, e as operações que agora se oferecem aos indivíduos com grande obesidade, são indubitavelmente superiores às de outrora. São operações confiáveis, com resultados satisfatórios, aceitas e reconhecidas internacionalmente e recomendadas por médicos e cirurgiões.
Isto não foi sempre assim: a falta de informação de tudo o que os cirurgiões de obesidade estavam fazendo, permitiu o aparecimento de mitos sobre o quão "perigosas" estas cirurgias eram, sobre os "maus resultados" que tinham e muitas falácias mais. Havia ainda médicos que desaconselhavam a cirurgia aos seus pacientes, e isso causava ainda mais confusão.
Hoje o panorama é diferente, assim como os transplantes foram postos na justiça e hoje são operações do dia a dia, assim como a cirurgia cardíaca era tida como muito arriscada e hoje se faz até em caráter preventivo, a cirurgia de obesidade ocupa um lugar de destaque no manejo científico da obesidade.

OPERAÇÕES PARA OBESIDADE SEVERA

Por que uma operação para obesidade? Porque sabe-se que quando se chega a um determinado ponto da obesidade, não há método ou regime ou plano de ação que sirva: só a cirurgia. É possível que você tenha experimentado na própria carne, depois de haver feito uma dieta "maravilhosa", depois de submeter-se a tratamentos diversos, hoje tem o mesmo peso que antes, ou até uns quilos a mais. Você não é exceção, 98% dos grandes obesos que se submetem a um regime, qualquer que seja, têm o mesmo peso ou mais ao final de um ano.

Para que uma operação para obesidade? A operação para obesidade, tem basicamente duas finalidades: uma, diminuir a sensação de fome que tem o doente obeso e também produzir uma sensação de plenitude, de saciedade, com muito pouco alimento. Se um indivíduo obeso não sente fome, e se sente satisfeito com muito pouca comida, invariavelmente perderá peso, pois seu corpo utilizará a energia acumulada na gordura e a usará a cada dia.

Como se faz uma operação para obesidade? A cirurgia de obesidade se faz basicamente reduzindo a capacidade do estômago, em outras palavras, fazendo um estômago pequeno, sem danificar nem mutilar o resto do órgão. Isto se faz cirurgicamente ao formar uma pequena bolsa com o estômago, seja cortando-o, seja com grampos de titânio ou com uma banda gástrica, de modo que o paciente tenha, ao término da intervenção, um décimo do estômago normal.

Pode-se viver com um estômago tão pequeno? Sim, isto é o mais importante. Um indivíduo pode viver se come menos calorias do que consome seu organismo, desde que tenha reservas de gordura como tem o paciente obeso. A base da cirurgia é essa: que o paciente coma pouco, não tenha fome e consuma as reservas de gordura de seu corpo.

Como sei se sou candidato à cirurgia? Um indivíduo é candidato à cirurgia se tem excesso de peso de 50% a mais sobre seu peso ideal, ou se tem, e numa tabela especial que usam os especialistas, um Índice de Massa Corpórea maior que 35 ou 40, ou ainda, se tem como conseqüência da obesidade, problemas ou doenças como diabetes, hipertensão, lesões de ossos e articulações ou outras assinaladas no início deste texto. Atualmente utiliza-se também o estudo de porcentagem de gordura corporal para decidir sobre a operação: um indivíduo sadio deve ter entre 14 e 23% de gordura em seu corpo; a mulher pode ter entre 17 e 27%. Quanto a porcentagem de gordura é muito alta ( 35, 50 ou 60%), essa gordura seguramente causará malefícios à saúde. Em todo caso, é conveniente consultar um especialista em cirurgia de obesidade para saber mais detalhes a respeito.

Que exames são necessários para cirurgia? Além da história clínica, que fará cautelosamente o cirurgião, é preciso haver os exames pré-operatórios que são:
- hemograma completo;
- bioquímica do sangue;
- perfil dos lipídeos;
- perfil tireoideano;
- proteínas séricas;
- taxa de insulina no sangue ( insulinemia);
- tempos de coagulação;
- radiografia de tórax.
Em casos particulares, o cirurgião poderá pedir outros exames complementares, dependendo da necessidade. Não podemos esquecer que estas cirurgias não são urgentes e que deve-se tomar todos os cuidados necessários para oferecer o melhor para cada doente.
Depois dos estudos de laboratório, o cardiologista fará uma avaliação cardio- pulmonar para determinar o risco cirúrgico e o anestesista verificará as condições para anestesia.

Que devo fazer antes da cirurgia?

A vida e alimentação devem ser normais até a véspera da cirurgia. A internação ocorre na manhã da cirurgia. Todos os exames e avaliações deverão ter sido feitos antes da internação, portanto não há necessidade de passar a noite que antecede a cirurgia no hospital.

Quanto tempo dura a cirurgia?

O tempo varia de uma hora e meia a três horas, dependendo da dificuldade técnica de cada caso.

Há muitos problemas ao acordar?

Não. Felizmente houve grandes avanços neste sentido: o primeiro se deve às drogas modernas que o anestesista utiliza, permitindo que o doente adormeça e desperte sem problemas, sem vômitos, náuseas ou ansiedade; o segundo deve-se aos novos medicamentos analgésicos, que permitem que a dor diminua muito e que quase desapareça. Por estas razões, o despertar da anestesia é tranqüilo, e o paciente pode mobilizar-se a caminhar poucas horas depois da operação.

Que acontecerá depois?

O cirurgião se encarrega para que ventilação e hidratação do paciente sejam adequadas e prescreve três tipos de medicamentos: analgésicos para parar a dor, antibióticos para evitar infecções e anticoagulantes para "afinar"o sangue e impedir que ele coagule dentro dos vasos prevenido a "flebite"pós operatória.

O mais importante é que tão logo o paciente tenha se recuperado da anestesia, ele pode mobilizar-se, sentar-se, levantar-se e caminhar. Isto o faz sentir-se muito bem e dormir tranqüilamente na noite após a cirurgia.

E depois?

Na manhã seguinte o paciente vai à sala de raios X onde faz-se uma radiografia de seu novo estômago e, à partir deste momento, inicia-se sua alimentação, podendo deixar o hospital no mesmo dia.

O que vou ser capaz de comer?

O cirurgião indicará de forma clara e precisa tudo o que você poderá comer nos primeiros dias após a cirurgia.
Você pode imaginar o estômago recém operado como o de um bebê, que tolera apenas líquidos nos primeiros dias, seguido de líquidos e papas ou purês e finalmente os demais alimentos. Cada caso é particular e caberá ao cirurgião decidir como avançará a alimentação.

Quando vou retornar minha vida normal?

Em todas as cirurgias do abdômen, em especial nas de estômago, se recomenda um período de repouso de pelo menos uma semana. No caso da cirurgia de obesidade, levando em conta que o obeso tem uma cicatrização normal, a alta hospitalar se faz em 24 ou 48 horas ( a internação é curta na cirurgia laparoscópica) e o paciente pode ter sua vida normal assim que chegar em casa: subir e descer escadas, tomar banho, caminhar, etc. Não deve fazer grandes esforços que possam prejudicar sua incisão abdominal. Após uma semana, retornará ao consultório do cirurgião para retirar os pontos da pele.
A partir deste momento, a atividade poderá ser normal. O exercício físico pode ser retomado em duas semanas, e o mesmo pode-se dizer da vida sexual.

Quantos quilos vou perder depois da cirurgia?

Em termos gerais, os pacientes perdem 8 a 12 quilos no primeiro mês, e depois 3 a 5 quilos por mês, ou seja, 1 quilo por semana.

Seguirei emagrecendo sem parar?

Não. O organismo tem uma capacidade de adaptação, de modo que, ao aproximar-se do seu peso ideal ( geralmente 10% acima do peso ideal ), se estabelece um equilíbrio e não se perde mais peso. Emagrecimentos maiores que o ideal são muito raros e sempre associados a problemas emocionais e falta de controle.

Que controle é esse?

O controle ou seguimento pós-operatório é um dos pontos mais importantes na cirurgia da obesidade, de modo que vale a pena fazer um comentário a respeito.
Se um cirurgião vê um paciente com pedras na vesícula, por exemplo, e o opera, ele elimina o problema e o paciente está, por assim dizer, curado. Assim sendo, se o paciente não retorna ao consultório do cirurgião após a retirada dos pontos da pele, nada acontece.
Mas se o paciente é obeso, ao término da cirurgia ele continua sendo obeso, e é necessário o seguimento e controle por parte do cirurgião para que os resultados sejam melhores. Neste sentido a cirurgia da obesidade se parece com a cirurgia de transplantes : um transplante pode ser muito bem sucedido, mas o doente transplantado tem que seguir visitando periodicamente seu médico para acompanhar a evolução, prevenir problemas de rejeição e para ajudá-lo a reabilitar- se totalmente.
A isso nos referimos quando falamos de seguimento e controle. O paciente operado deve comparecer a uma consulta mensalmente durante o primeiro ano, depois a cada dois ou três meses e posteriormente a cada seis meses, afim de que o cirurgião possa avaliar a evolução e detectar pequenas alterações logo no início, caso algo aconteça.

E como será esta famosa Vida Nova?

Como disse no início, o objetivo de uma cirurgia de obesidade é diminuir a sensação de fome e causar uma sensação de plenitude ou saciedade com pouco alimento.
A Vida Nova que deve adotar o paciente obeso após a cirurgia, consiste numa mudança de hábitos pouco saudáveis por hábitos sadios.
Não haverá dietas, nunca mais haverá dietas, mas é preciso que o paciente aprenda a comer como come um indivíduo magro e aprenda a desfrutar da comida ( ironicamente, muitos poucos obesos sabem desfrutar da comida quando são obesos pois deglutem, engolem sem mastigar, sem saborear os alimentos ).
Por outro lado, a Vida Nova do paciente operado inclui a atividade física, tão simples como caminhar, apenas caminhar uma hora por dia para que seus músculos se movimentem, para que seu corpo torne- se ágil, para que recupere a elasticidade e vigor que havia perdido com a sua obesidade. Muitos dos doentes já operados tornam- se atletas, fazem esportes, ginástica, aeróbica, bicicleta, natação, e alguns competem com êxito depois de haverem se despedido dos quilos a mais.
Finalmente, a Vida Nova significa uma forma otimista e positiva de ver cada dia, um novo projeto vital, uma nova série de sucessos em cada face da existência : na vida pessoal, na vida íntima, na vida afetiva, na vida familiar, na vida profissional, isto é a Vida Nova!
Sabemos que a auto estima do paciente obeso está danificada, deformada ou ausente, mas sabemos também que depois da cirurgia esta auto estima pode ser recuperada, e fazer com que a pessoa se ame, se respeite, cuide-se melhor e que confirme, com o dia a dia, que a maior prioridade na sua vida é ela mesma.

E se não puder comparecer às consultas?

Sempre será possível manter contato telefônico, correio, fax ou correio eletrônico. Muitos pacientes operados, em especial os que vivem no interior ou fora do país se comuniquem desta forma, e assim poderemos estar em contato fazendo um seguimento do seu caso.

Terei desnutrição ou descompensação?

Não. Se forem seguidas as orientações de alimentação adequada, sem dietas mas sem excessos, a nutrição será completa. Alguns pacientes precisam de vitamina A, complexo B ou ferro, mas cada caso é diferente e deve-se manejar individualmente.
A respeito de "descompensação", este é um termo curioso, pois suporia que você estava "compensado" quandoquando era gordo e "descompensado" ao emagrecer. Não existe tal enfermidade e portanto não há este perigo.

Poderei ter filhos?

Logicamente que sim. Mulheres que são proibidas de engravidar por causa da obesidade e podem ter filhos sem problemas após a operação.
Do mesmo modo, alguns homens são inférteis devido à sua obesidade e este problema desaparece após a perda de peso.

E se a pele toda "cai"?

Já tratamos disso em texto acima, sobre o que faz- se quando há um excesso de pele em qualquer parte. A cirurgia plástica pode ajudar a recuperar a silhueta corporal após perder peso.

Qual a melhor operação?

Não há uma operação melhor que a outra. As cirurgias aqui mostradas são as que provaram sua eficácia nas mãos dos melhores cirurgiões de obesidade do mundo. Não existe uma operação ideal, mas qualquer uma destas cirurgias, quando bem realizada, deve dar os resultados esperados.
A cirurgia que melhor se aplica a seu caso será a indicada pelo cirurgião após análise detalhada de sua situação clínica.

Poderei fumar? Poderei tomar bebidas alcoólicas?

Entre os problemas que impedem ou retardam a cirurgia de obesidade está o tabagismo, por uma razão: todos têm uma grande limitação à sua respiração, pois os pulmões e tórax estão aprisionados sob uma carapaça de gordura, gordura dos peitos, braços, ombros, etc. por isso têm que dormir com vários travesseiros ou até sentados. Se além de tudo o obeso fumar, estragará ainda mais seus pulmões.
Nós nunca proibiremos o tabaco, mas sempre aconselhamos a quem fuma que pense bem e seriamente sobre os "benefícios" de fumar ( se é que há algum ) e os danos e prejuízos que este vício causa.
Quanto às bebidas alcoólicas, se foi dito que não haverá dietas, o consumo de álcool não estará proibido, mas neste caso é importante que o doente operado beba com moderação e sem danificar seu organismo. Além do mais, deve lembrar-se que há muitas calorias escondidas nas bebidas alcoólicas.

Precisarei de orientação nutricional?

Todos os pacientes obesos requerem uma orientação nutricional, e é conveniente que seu médico tenha o apoio de nutricionistas ajudando para que a mudança dos hábitos alimentares seja mais saudável. Não esqueça que depois da cirurgia não haverá dietas que não uma alimentação balanceada e nutritiva.

Precisarei de orientação psicológica?

Uma parte importante da atuação do cirurgião de obesidade e seu grupo é a valorização psicológica e o apoio ou orientação em cada paciente. A experiência indica que a maior parte dos doentes não têm graves problemas psicológicos como causa de sua obesidade, mas sim como conseqüência da mesma, em outras palavras, os conflitos emocionais não causaram a obesidade, é a obesidade que causa conflitos emocionais.

Caso haja um grave problema psicológico, a cirurgia deve ser retardada até que se encontre uma causa que se inicie a solução: em nosso grupo contamos com psicólogo de grande experiência no assunto.

Além do mais, é preciso salientar que o apoio psicológico da família, dos amigos e da equipe cirúrgica é muito importante, já que todos queremos ajudar o paciente obeso.




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